domingo, 26 de fevereiro de 2012

Pelotas!

Finalmente em casa! Chegamos na madrugada deste domingo, por volta das 4:30. Este trecho foi extremamente cansativo.... mas valeu a pena, não há nada melhor que dormir na casa da gente.
Vou adiar o post que prometi para hoje, pois tenho muita coisa para organizar por aqui, e também não estou 100%. Amanhã ou terça deem uma olhada no blog que possivelmente terá coisa nova.

Um abraço!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Quase em casa....

Boa noite!
Como já havia dito, estamos voltando para casa, e devido à pressa, não tenho tempo suficiente para postar. Estamos agora 100km antes da cidade de San Francisco, no povoado de Pozo del Molle.
Encontramos um hotel com facilidade, e com certeza, este é o melhor de toda a viagem.
Respondendo a Jana: estaremos em Pelotas, se tudo der certo, neste sábado. Amanhã o dia vai ser longo, mas vai valer a pena o sofrimento, para poder finalmente dormir nas nossas camas.
No domingo vou colocar as fotos mais legais da viagem, com as legendas dos locais, um resuminho da viagem, e mais o roteiro percorrido por nós na ida e na volta. Então, domingo detarde deem uma olhada no blog, pois vai estar bem legal.

Um abraço pra todo mundo, e me desculpem por não responder aos comentário de cada um, é que o tempo é muito curto, e tenho que descansar para não dormir na moto durante o dia. É isso!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Cordilheira dos Andes - Viña del Mar - Valparaiso

Boa noite!
Terça-feira pela manhã saímos de Mendoza em direção à divisa da Argentina com o Chile, e logo em seguida, a Cordilheira dos Andes.
Vou pular a parte desinteressante e ir direto a Cordilheira. A dimensão deste lugar é incomum. São montanhas que não acabam nunca, e a altura delas foge do que conseguimos mensurar. E na parte da Argentina, estradas em ótimo estado, que "pedem" que a gente acelere a moto; passamos por um pessoal com motos grandes nesse trecho(Yamaha R1, e assim por diante), que estavam fazendo justamente isso.
Essas montanhas atraem todo tipo de gente que busca aventura; pessoal das trilhas de moto e quadriciclo, motos de estrada, gente pedalando, correndo, escalando, enfim, é um lugar que se sente a adrenalina no ar.
Como estamos no verão, as montanhas estão todas sem gelo, com exceção de uma ou outra, e é claro, do Aconcágua.
Chegamos o mais perto possível dele, pois o acesso é restrito a "caminhantes", mas deu pra ter uma boa idéia do que se trata. O seu pico, ao contrario das outras montanhas, estava plenamente coberto de neve. Foi uma pena não poder chegar mais perto.
Mas foi na fronteira com o chile que atingimos a maior altitude: 3928m. Ao contrário do que pensávamos, não sentimos muito o efeito da altitude, até porque não se requer muito esforço físico para pilotar as motos(estávamos indo devagar). Senti alguma diferença na caminhada em direção ao Aconcágua, quando corri em uma subida e senti falta de ar. Mas nada que me afetasse muito ou que me deixasse tonto.
Já as motos sentiram bastante diferença na altura: a minha, apesar de manter uma performance razoável, começou a falhar muito. A XRE300 do Marco não passava de 70km/h em alguns trechos. A XT mal sentiu a diferença...
Minha moto começou a vazar muito óleo pela tampa do filtro, mas nada sério; apenas um tênis e calça manchados.
Logo após a Aduana, começaram os Caracoles; a descida não é muito íngreme, mas as curvas fechadas e o movimento intenso de caminhões tornam um lugar um pouco perigoso para as motos. Filmei toda a descida, quando chegar em casa vou colocar aqui.
Descemos a "serra" durante bastante tempo, passando sempre por pequenas cidades. Fomos em direção então a nosso objetivo: Valparaiso.
Para chegar lá, é necessário passar por Viñas del Mar; fomos pelo acesso mais rápido.
Ao chegar a cidade, que para nós era o "destino final", nos decepcionamos: uma cidade de trânsito caótico, cheiro ruim e de poucas atrações. Voltamos para Viña, pois nem Hoteis encontramos.
Agora sim: Viña de Mar é uma cidade muito bonita, também na costa do pacífico. Costeada por prédios, hóteis e pequenas praias. É possível dizer que seria uma Punta del Este do Chile.
Encontramos um ótimo hotel com facilidade, até com piscina térmica. A rua que passa aqui na frente é bem movimentada, e está cheia de restaurantes. Nossa janta foi ótima, pastéis de entrada, e de prato principal, um disco com variedades de carne e salada.
Dormimos um pouco mais pela manhã, para descansar, e fomos deixar as motos para trocar o óleo, na concessionária Honda.
Voltamos a pé, e paramos em um super mercado, onde compramos provisões e um frango assado para almoço. Neste local é que aconteceu uma coisa legal(ou nem tanto): um pequeno tremor(terremoto!!) foi sentido, e continuou depois em baixa escala. Filmamos como a água das garrafas se mexia. A funcionária do mercado ficou tão nervosa que ligou até pra família...
Voltamos para casa, dormimos um pouco, e depois fomos conhecer a cidade. O mar aqui é azulado, muito bonito, e a costa é rochosa. Acabamos pegando uma carroça turística para nos levar de volta para a concessionária, para pegar as motos.
Visitamos uma das praias, e finalmente "molhamos os pés" no pacífico. A água estava muito gelada, mas mesmo assim, as praias estavam cheias. O único que tomou banho foi o Marco.
Voltamos e tomamos um bom banho de piscina.
Acabamos de jantar, no mesmo restaurante que citei anteriormente, mas só comemos os pastéis.
O interessante de cruzar esses três países(Uruguai - Argentina - Chile) foi o seguinte: quanto mais longe do Brasil, melhor a qualidade de vida. Não digo na questão de ter dinheiro, e sim no sentido de aproveitar melhor o tempo, fazendo coisas que se gosta. As pessoas se divertem mais, descansam mais e comem melhor; e realmente é isso o que importa.
A Argentina, pode ter passado por crises e tudo mais, mas ainda assim, continua sendo um país de pessoas agradáveis e educadas, pelo menos nos lugares onde passamos; e qualquer lugar que se passa, até nos postos, eles só tem produtos de altíssima qualidade para venda.
E aqui no Chile, o pessoal vive muito bem, em todos os sentidos. E pelo jeito, aqui a grana sobra... carros como Mustang e Porsche 911 são bem comuns...
Bom, está ficando tarde, e ainda tenho que postar as fotos. Amanhã, voltamos pra casa.

Abraço pra todo mundo! E obrigado pelos elogios, mas acredito que estou escrevendo bem por causa da inspiração do lugar, e também por saber que estou dirigindo minhas palavras para pessoas que realmente estão interessadas(e preocupadas) com a nossa viagem. Até amanhã!



































segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

4º Dia: Mendoza

|Boa Noite!

Hoje a viagem foi curta: apenas o trecho de San Luis até Mendoza, percorrido na parte da manhã.
O trecho todo foi de autopista, totalmente plana, que era rodeado por uma vegetação rasteira, típica de regiões desertas. Como a estrada era praticamente reta entre as duas cidades, foi uma viagem cansativa, e em certo ponto fui obrigado a parar a moto por causa do sono... prosseguimos logo em seguida. Mas o sono passou quando avistamos a cidade, e finalmente, a cordilheira. 
A região de San Luis era apenas para dar uma idéia do que estava por vir: aqui as montanhas são ainda maiores, e se estendem até onde alcança nossa vista, com a maioria de seus picos escondidos nas nuvens.
A cidade de Mendoza é bem grande, e bastante agradável. Foi relativamente fácil achar hotel, na verdade um apart hotel, e conseguimos um quarto para quatro pessoas.
Almoçamos em um restaurante gigantesco, tanto em tamanho quanto em variedade de comida; infelizmente, isso não chega a ser uma qualidade porque ficamos sem saber o que comer... além do povo que tinha lá dentro.
Até as cinco horas, todos dormiram um pouco.
Subimos em um ônibus sem teto, que fazia um roteiro turístico na cidade, achei que ia ser meio sem graça, mas foi bem interessante. O motorista ia narrando sobre as coisas que a gente via no caminho,  e eis o que aprendi sobre a cidade de Mendoza:
-Até 1850 a cidade não possuía uma árvore sequer;
-A partir deste ano, foi dado inicio à um plano de arborização da cidade;
-Para irrigação das árvores, foram utilizados canais que passam no meio da cidade, que servem para escoar a água proveniente do degelo das cordilheiras;
-Hoje é uma das cidades com mais arvores por habitante no mundo inteiro;
-Possui um parque com 700 hectares, dos quais 400 estão totalmente arborizados;
-O parque possui várias avenidas, e cada uma possui uma árvore que a sombreia, e também, à identifica, como a Avenida dos Platanos;
Visitamos o Cerro de la Gloria, onde está um belo monumento relacionado ao Exercito de Los Andes.
Passando pela praça, nos deparamos com o carnaval da cidade; todos no ônibus foram molhados por aquela espuma branca em spray(não lembro o nome).
Caminhamos um pouco pelo calçadão da cidade, e jantamos em um SubWay.
Por hoje acabo por aqui, e a seguir, as fotos que prometi(rimou! :D).

Abraço pra todo mundo! E amanhã... cordilheira!

 






Pessoal, a conexão caiu enquanto eu passava o resto das fotos :/
Amanhã a tarde posto o resto junto com as fotos da cordilheira!

Abração pra todo mundo!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

3º Dia! Avistando a cordilheira

Boa Noite!

Hoje pela manhã, depois de um café da manhã composto por gajetas e uma média luna, partimos para Villa Maria, com uma chuva leve.
Logo que saímos do hotel, cujo dono era um velho bem camarada(também gostava de viagens), passamos no posto para abastecer as máquinas. Lá, encontramos um frentista com um jeito "diferente", que logo que viu nossa origem brasileira, começou a cantar "ai se eu te pego"... e viu a placa das motos e deu uma "ai, Pelotas"(pra quem não sabe pelotas significa bolas em espanhol)...
Seguimos em direção a Villa Maria, pegando muita chuva e frio. Neste trecho, pegamos uma autopista, o que nos permitiu manter uma boa média de velocidade.
Na cidade almoçamos um pão com salame e queijo, no posto mesmo, e seguimos, abastecidos(tanto a gente como as motos) em direção a Rio Cuarto.
No caminho, cairam os esticadores de corrente da moto do pai; a sorte foi que eu vi que eles iam cair, e consegui avisar o pai a tempo de encontrar as peças no meio da estrada. Com tudo consertado, prosseguimos com a viagem.
A estrada a partir deste ponto era muito bonita, toda arborizada e gramada na sua periferia, e possuia até uma ciclovia, também toda sombreada por arvores.
Chegando a Rio Cuarto, fomos em direção a Villa Mercedes.
No caminho, foram surgindo as primeiras montanhas, da cidade de San Luis. E só então a gente percebe o quanto vale a pena fazer toda essa viagem... o tempo nublado fez com que as montanhas fossem surgindo aos poucos no horizonte, sendo que o pico de algumas delas estava tapado por nuvens. São coisas tão grandiosas que só é possível ter uma idéia da real dimensão vendo com os próprios olhos. E o mais incrível é que isso aqui é recém o começo....
Agora estamos em San Luis, foi uma dificuldade encontrar um lugar para dormir, já que o pessoal daqui tem feriado segunda, e esta cidade é um destino turístico famoso. Acabou que tivemos que ir dormir em um Motel... é uma merda... mas melhor que dormir em barraca ou ao relento!
Amanhã iremos para Mendonza, e passaremos o dia lá, já que é problemático passar pela cordilheira a tarde. Logo, amanhã teremos o primeiro descanso!
Já está tarde, logo não colocarei fotos. Mas amanhã a tarde terei tempo de sobra, e então juntarei as melhores fotos das três câmeras, e postarei o mais rápido possível.

Abraço pra todo mundo que está acompanhando!


2º DIA !

Bom dia!

Desculpem a demora para postar novidades, o tempo anda bem curto, e a noite só temos tempo de comer e dormir.
Estou conectado a partir do WiFi do Hotel Tropical, em Marcos Juárez. Chegamos aqui tarde, pois na cidade anterior havia um evento muito grande, e um engarrafamento monstruoso. Atalhamos pelo acostamento e conseguimos supera-lo. Assim, tivemos que nos deslocar mais 70 km a partir de Cañada de Gómez para conseguir vaga em algum hotel.
O primeiro dia de viagem(17) foi de muita chuva, e ficou evidente que é impossível não molhar alguma coisa na bagagem; sempre tem uma sacola que se rasga, ou que se solta. Logo, o conselho é tomar o máximo de cuidado com as roupas, e "empuleirar" tudo na volta delas, para evitar que a àgua chegue.
Perto de Arroio Grande, meus óculos voaram como se tivessem um paraquedas preso a eles... bom, agora já era!
Meus tênis molharam neste primeiro dia, ainda bem que trouxe um par de reserva.
Fomos até Tacuarembó, e dormimos em um hotel três estrelas da cidade, com piscina e tudo.... mas com chuva e moral baixa(cansaço), não adiantou de nada!
Comemos em um restaurante ótimo, perto do hotel, um prato de entrecot, batatas ao molho branco e arroz, mais duas Zillertal.
No segundo dia, foi o contrario no que se refere ao tempo: um sol terrível, com um calor que tornava difícil a respiração; as paisagens um pouco repetitivas, muito campo para gado. Perdemos algum tempo na aduana Uruguai-Argentina, mas nada que nos deixasse "tensos".
Ontem a noite jantamos em um restaurante aqui do lado, que, apesar da nossa baixa expectativa, nos ofereceu uma costela e massa quatro queijos de valor.
Todos na viagem estão suportando muito bem, e necessitamos apenas de algum tempinho a cada 100km para esticar as pernas; eu e o gugu estamos usando um travesseiro de colchão inflável no banco, o que está ajudando muito.
O Marco está indo muito bem com sua XRE300, que se revelou uma moto de boa performance, além de econômica.
O pai, como "guia" da viagem, está indo muito bem também, e não tem mostrado sinais de cansaço. A XT660 dele é mais econômica até que a Falcon, de cilindrada menor.
A viagem está ótima, e, ao contrário do que pensávamos, o pessoal da Argentina é bem gente boa, mais até que no Uruguai.
Agora vou colocar as malas na moto, que o pessoal já está pronto e esperando. A seguir algumas fotos.

Abraço pra quem fica!

Dia da saída em Pelotas
Polícia Rodoviária em Arroio Grande
Melo
"La Esperanza" de que não vai chover!

Saída do hotel em Tacuarembó
Aduana Uruguai-Argentina
Ponte da fronteira

Falta de gasolina na Argentina cria filas enormes nos postos


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Preparativos

Boa noite, gurizada!

Como primeiro post deste blog, começo a narração da nossa viagem, que começa amanhã.
O destino é Valparaiso, no Chile,  a cidade mais próxima para se conhecer o Oceano Pacífico.
Os participantes da viagem, com suas respectivas motos:
Renato Fehrenbach(meu pai)-XT660, Gustavo Fehrenbach(meu irmão)-NX400, Rafael Fehrenbach(eu)-NX400, Marco Leandro Petry-XR300.
Os preparativos começaram a mais de uma semana, com incontáveis revisões nos equipamentos e suprimentos a serem levados. Entre eles: barraca, colchonetes com isolamento térmico, equipamentos para cozinhar, ferramentas, roupas para calor/frio/chuva, spray para conserto de furos no pneu, primeiros socorros, três câmeras(Sony P95, Sony W395, GoPro HD Hero2), galões para gasolina.
Quanto ao roteiro, vou postar depois de feito, até porque não temos certeza de quais caminhos vamos tomar.
Bom, como a viagem ainda não começou, e não tem nada para escrever sobre, vou postar algumas fotos que tirei hoje das motos já "encilhadas".






Faltou a moto do Gugu, que ainda não está pronta, e a do Marco, que não está aqui em casa.
Quanto ao pelego no banco da minha moto, explico: o antigo dono era "um pouco" acima do peso, e, bem, a esponja do banco compactou. O pelego vai ajudar bastante no conforto, e, embora não seja uma solução esteticamente adequada, vai me resolver o problema.
Por hoje é só, talvez mais tarde eu coloque a foto da moto do Gugu. Qualquer dúvida, é só comentar!
Me desculpem a qualidade das fotos, a câmera não está muito boa. Amanha prometo imagens melhores! :D

Até amanhã!